sábado, 19 de abril de 2014

Ser Cristão em Berlim / Christ sein in Berlin


Bom dia caros amig@s,
Hoje aqui está um calor extremo e eu já estou sonhando com tomar um banho em um dos rios aqui perto ou então na represa na chácara do meu cunhado. O dia perfeito para ficar igual a jacaré o corpo todo debaixo d'água e só os olhos de fora. :) O que vocês estão fazendo nesta semana santa? Eu fiquei refletindo sobre a grande diferença da percepção e da celebração da páscoa aqui no Brasil e lá na Alemanha. Principalmente na minha cidade natal, a capital Berlim, as crenças são diversas e a religião faz parte da vida de poucos que resistem à tendência geral de fazer do vão o seu novo Deus. Muitos nem sabem o que significa a Páscoa - a associam somente com mundos de chocolate e coelhos que carregam ovos coloridos por pastos verdes. Ser cristão em Berlim é visto pelos outros como ser antiquado, dogmático, com uma mente pequena e cheio de preconceitos. Não são bem aceitas as declarações de fé - nos, principalmente os cristãos jovens, temos que andar camuflados para não sermos julgados como loucos. Em Berlim, uma cidade adolescente e veloz, que arde em valores mais do que amorfos e na vontade de aproveitar o dia sem preocupações e sem pensar no amanhã, o cristianismo é visto como empecilho no desenvolvimento de uma personalidade acima de quaisquer valores.



A moda é ser independente, cuidar só de si no próprio AP namorando a reflexão no espelho ignorando o choro que vem do quarto bem do lado ao seu. E este Jesus - esse sofrimento todo, este altruísmo, esta culpa - isto não combina com os jovens que querem curtir e ficar à vontade sem compromissos. "Eu? Abrir mão de algo que eu quero em prol de uma outra pessoa, talvez até alguém que eu nem conheço direito? Pra quê? O que está nisso PRA MIM?" Eles não veem o sentido ou não querem ver porque isso significaria sair do comodo e ir para o incomodo. Admitir que nem tudo na vida está sob controle e nas mãos deles, que temos sim uma responsabilidade social com aqueles que tem menos do que nos, que nem todos os valores são tão flexíveis como eles imaginam. "E sobre tudo um Deus, um cara que vê, que sabe...que horripilante! Agora somos marionetas? Big Brother na minha casa... melhor nem pensar.

E Jesus? Morreu, pra mim? E esse negócio da cruz - mórbido demais!" Eles não querem responsabilidade de modo algum, melhor deixar de lado - coelhos são muito mais fáceis para lidar, ainda são fofos e não querem nada da gente. Pra que melhor?






Guten Morgen liebe Freunde,
Heute ist es hier superheiß und ich träume schon davon in einem  der nahen Flüsse, oder im Stausee auf der Fram meines Schwagers schwimmen zu gehen. Einfach der perfekte Tag, um wie ein Krokodil mit dem ganzen Körper unter Wasser zu bleiben und nur die Augen über der Wasserlinie zu halten. J Was macht ihr so in dieser Osterwoche? Ich habe viel über die Unterschiede in der Wahrnehmung und der Art Ostern zu feiern in Brasilien und Deutschland nachgedcht. Besonders in meiner Geburtsstadt Berlin sind die Glaubensrichtungen divers und der Glaube ist ein Teil der Leben der wenigen, die der allgemeinen Tendenz, die Leere zum neuen Gott zu machen, widerstehen. Viele wissen nicht einmal, was Ostern bedeutet und verbinden es ausschließlich mit einer Welt voll Schokolade und freundlichen Hasen, die bunt bemalte Eier vor sich her tragen. Wer in Berlin Christ ist, wird von außen als veraltet, dogmatisch, engstirnig und voller Vorurteile angesehen. Glaubensbekenntnisse sind nicht gern gesehen – wir, im besonderen die jungen Christen, müssen uns klein machen, wenn wir nicht als Verrückte abgestempelt werden wollen. In Berlin, einer pubertären, rasenden Stadt, die in mehr als formolsen Werten und dem Wunsch nach Vergnügen ohne Rücksicht auf Verluste brennt, ist das Christentum nur ein Hindernis auf dem Weg zu einer selbstständigen Persönlichkeit, die über jeglichen Werten steht. 
Es ist modisch sich um sich selbst, in der eigenen Wohnung zu drehen, verliebt in das eigene Spiegelbild und taub für das leise Weinen, das aus der Wohnung direkt nebenan kommt. Und dieser Jesus – dieses ganze Leiden, diese Selbstlosigkeit, dieser Schuld – das passt einfach nicht zur Jugend, die am liebsten eine Party an die andere reihen möchte. „Ich? Etwas für jemanden aufgeben, den ich vielleicht noch nicht mal richtig kenne? Wozu? Was bringt MIR das?“ Sie sehen keinen Sinn darin, oder vielleicht wollen sie ihn auch einfach nicht sehen. Immerhin würde das bedeuten aus der eigenen Komfortzone heraus ins unbequeme zu gehen. Zugeben, dass das Leben vielleicht doch nicht ganz in ihrer Hand liegt, dass wir sehr wohl soziale Verantwortung für diejenigen tragen, die weniger haben als wir, dass doch nicht alle Werte so formbar sind, wie sie es gerne hätten. „Und über allem ein Gott, ein Typ, der die Dinge sieht, der Dinge über mich weiß....wie gruselig! Jetzt sind wir Marionetten? Big Brother bei mir zu Hause...lieber gar nicht erst dran denken. Und Jesus? Für mich ist er gestorben, ja? Und die Sache mit dem Kreuz, das ist doch wohl zu morbide, oder?“ Sie wollen keine Verantwortung für nichts, lieber einfach nicht dran denken – Häschen sind da einfacher zu handhaben und dazu sind sie noch niedlich und wollen nichts von einem.  Besser kann es doch gar nicht werden!     

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