terça-feira, 23 de setembro de 2014

Início da Primavera?! // Frühlingsanfang?! (Renato Parolin - Benvenuti)


Boa tarde,


li neste instante que hoje é o início da primavera no hemisfério sul - e achei bastante estranho. Como sou acostumada com a primavera européia que começa em Março com temperaturas amenas e com flores novas. Mas aqui hoje o calor está agonizante e lá fora está caindo a primeira chuva grande depois de muito tempo. Os raios iluminam a tarde cinzenta e os trovões soam como tambores de guerra que vão se aproximando pelos campos. Até a varanda da minha casa ficou submersa por quase uma hora, com a chuva correndo por ela como um rio. Há algum tempo não tinha mais visto uma chuva tão forte quanto esta por aqui. Agora só sobraram pedaços de papel, terra e cascalho que a chuva carregou e o cheiro de terra molhada no ar. E eu vou aproveitar esta folguinha que o tempo me propiciou para adiantar alguns trabalhos manuais e mostrar para vocês alguns trabalhos que concluí  nos últimos tempos.
Acho que mostrei para vocês o início do meu Desafio ¨Benvenuti¨ de Renato Parolin, uma faixa de um metro e pouquinho cheio de folhas coloridas, galhos , corações e passarinhos. Pois consegui terminá-la com muita luta e ela ficou lindíssima - até achei um tecido de algodão que combina com ele para fazer o acabamento. Agora só falta um ninho que eu possa chamar de meu para que eu possa pendurá-la na porta dele...
 





Hallo ihr Lieben,

ich habe grade eben gelesen, dass heute auf der Südhalbkugel kalendarischer
Frühlingsbeginn ist - was ich ein wenig eigenartig finde. Da ich an den europäischen Frühling gewöhnt bin assoziiere ich mit ihm angenehme Temperaturen und Blumen. Aber hier ist es heute extrem heiß und da draußen regnet es nach langer Zeit mal wieder richtig stark. Die Blitze erleuchten den grauen Nachmittag und der Donner klingt wie Kriegsttrommeln, die sich langsam aber sicher immer weiter auf mich zubewegen. Sogar die Veranda meines Hauses wurde überschwemmt und wirkte eine Stunde lang, wie ein Fluss der direkt an meinem Haus entlang floss. So einen starken Regen habe ich seit einiger Zeit hier nicht mehr gesehen. Jetzt sind nur noch kleine Papierfetzen, Schlamm und Kiesübrig, die der Regen mit herein geschwemmt hat übrig und die Luft riecht nach feuchter Erde.



Ich nutze diese kleine Pause, die mir das Wetter gegeben hat dazu aus ein paar Handarbeiten zu beenden und euch eine Arbeit zu zeigen, die ich vor einiger Zeit vollendet habe. 
Ich glaube, dass ich euch den Anfang meiner Herausforderung "Benvenuti" von Renato Parolin bereits gezeigt habe, ein meterlanges Band voller bunter Blätter, Äste, Herzen und Vögel. Endlich habe ich es geschafft dieses Mammutprojekt zu vollenden und ich denke es ist wunderschön geworden - ich habe sogar einen passenden Baumwollstoff für die Appretur gefunden.
Jetzt fehlt nur noch ein Nest, das ich das meinen nennen kann, um das Band an seine Tür zu hängen...  

domingo, 21 de setembro de 2014

Fogo // Feuer

Bom dia,
não prometi que só voltaria quando eu estaria melhor? Pois eu passei alguns dias tentando ver as coisas de um lado bom, procurando o foco naquilo que me ajudaria a ver além desta situação na qual eu me encontro no momento.
E, como já aconteceu muitas vezes comigo, achei alívio na contemplação da beleza da natureza e da força extraordinária que mora dentro dela. Nos seres humanos, nos afogamos nas nossas preocupações, pensando naquilo que acontece ou deixa de acontecer. Temos medo de tomar as decisões erradas e assim acabar com as nossas vidas e com o nosso futuro. Queremos nos livrar das coisas que nos fazem infeliz, mas não temos coragem, com medo da mudança, com medo de perder coisas materiais ou comodidade. Temos medo do que os outros vão pensar, com medo do futuro desconhecido e de um começo novo.
Pensando assim eu estava caminhando pelo cerrado, que na nossa região é o tipo de vegetação mais dominante, um tipo de savana com plantas baixas e resistentes e estava observando o seu estado. Como estamos na época da seca os agricultores aproveitam, para queimar os campos para limpá-los e iniciar um novo ciclo de plantação. E muitas vezes as praticas da queimada controlada não são respeitadas e provocam incêndios fora do planejado que progridem rapidamente como o tempo seco favorece a propagação do fogo. Uns dez dias atrás eu já tinha caminhado naquela mesma região e um fogo tinha devorado tudo o chão estava preto as árvores chamuscadas, as folhas amarelas cobrindo o chão, os frutos ainda verdes derrubados prematuramente pelo fogo. Em muitos lugares o fogo continuava roendo invisível levantando pequenas colunas de fumaça de pilhas de folhas caídas.  Achei tão triste que deu vontade de chorar. 


Mas então caminhei por lá nesta quinta-feira e não acreditei naquilo que eu estava vendo. Como a Fênix surge das cinzas o cerrado estava ressurgindo, com brotos e folhas verdes e vermelhas em toda parte. De repente um verde clarinho e vivo estava cobrindo as cinzas e novas galhas, fininhas e fraquinhas, mas surpreendentemente coloridas brotavam das cascas pretas.  Novos frutinhos já balançavam no vento e  os arbustos que tinham queimados só parcialmente não morreram, mas carregavam a coloração que o fogo lhes deu com orgulho como uma cicatriz que provava que eles tinham sobrevivido a guerra.
E porque nos temos tanto medo, sendo que a natureza que não tem meios de se defender consegue se reerguer assim de uma força tão devastadora como o fogo? As nossas vidas as vezes também passam por tempestades de fogo e até dilúvios, mas nos também temos a força para reconstruir tudo. Algumas partes queimam e ficam perdidas para sempre, mas outras brotam novamente, talvez até floresçam com mais beleza do que antes. As cicatrizes ficam vermelhas e doloridas, mas com a mudança das épocas as folhas danificadas caem e serão substituídas por outras, e as cicatrizes clareiam e desaparecem até que só a lembrança de uma dor muito distante fica presente. Nos seremos transformados, o fogo nos livra de muitas coisas que só pesam, que só fazem volume, ele nos purifica e faz espaço para um novo começo que com certeza será dolorido, mas também trará muitas novas alegrias assim como a primavera depois de um inverno rígido.
Eu acredito, você também acredita?

Guten Morgen, 
hatte ich euch nicht versprochen, dass ich erst zurückkäme, wenn es mir besser ginge? So habe ich also einige Tage damit verbracht eine neue Perspektive zu gewinnen, die Dinge von der guten Seite zu betrachten, den Fokus auf die Dinge zu richten, die mir helfen würden über den Tellerrand meiner jetzigen Situation hinaus zu sehen.
Also, so erging es mir schon öfter, habe ich Erleichterung in der Kontemplation der Schönheit der Natur und der außergewöhnlichen Kraft, die ihr innewohnt, gefunden. Wir Menschen ertrinken in unseren Sorgen, in unseren Gedanken über Dinge, die geschehen oder auch nicht geschehen. Wir haben Angst die falschen Entscheidungen zu treffen und so unser Leben zu verschwenden und unsere Zukunft zu zerstören. Wir wollen uns von den Dingen lossagen, die uns unglücklich machen, aber wir haben nicht den Mut dazu, aus Angst vor Veränderung, aus Angst materielle Dinge oder Komfort zu verlieren. Aus Angst davor, was wohl die anderen von uns denken werden, aus Angst vor der unbekannten Zukunft, vor einem neuen Anfang.
Vor Kurzem spazierte ich also in diese Gedanken vertieft durch den Cerrado, der in unserer Region der häufigste Vegetationstyp ist, eine Art Savanne mit niedrigen und resistenten Pflanzen. Da wir im Moment noch in den letzten Tagen der Dürre sind, nutzen viele Bauern die Trockenheit, um ihre Felder abzubrennen, um sie zu reinigen und einen neuen Pflanzungszyklus zu beginnen. Häufig beachten sie aber nicht die Vorgaben, die verhindern sollen, dass sich diese Feuer ausbreiten, und verursachen so enorme Waldbrände, die sich rasant verbreiten, da die extreme Trockenheit die Verbreitung des Feuers begünstigt. 
Vor ungefähr zehn Tagen war ich schon einmal durch dieselbe Region spaziert und ein solches Feuer hatte alles verschlungen, der Boden war schwarz, die Baumstämme angebrannt, die gelben Blätter bedeckten den Boden und die noch unreifen Früchte waren vorzeitig vom Feuer zu Boden geworfen worden. An vielen Stellen sengte das Feuer auch noch versteckt weiter und kleine Rauchsäulen stiegen aus Blätterhaufen auf. 
Es war so traurig, dass ich fast geweint hätte.
Aber, als ich dann am letzten Donnerstag wieder durch diese Gegend spazierte, traute ich meinen Augen nicht. Wie ein Phoenix aus der Asche erhob sich der Cerrado nach und nach mit Knospen und grünen und rötlichen Blättern an allen Ecken. Plötzlich bedeckte ein helles und lebendiges grün die Asche und neue Äste, noch fein und schwach aber in überraschenden Farben brachen aus den schwarzen Rinden hervor.  Neue kleine Früchte wiegten sich schon im Wind und die Büsche, die nur zum Teil angesengt worden waren, waren nicht gestorben, sondern  trugen die neue Färbung, die ihnen das Feuer gegeben hatte mit Stolz, wie Narben, die allen bewiesen, dass sie den Krieg überlebt hatten.
Und warum haben wir dann solche Angst, wo doch die Natur, die sich nicht einmal aktiv wehren kann, sich von einer so zerstörerischen Kraft wie der des Feuers erholen kann?
Manchmal gehen unsere Leben auch durch Feuerstürme und Sintfluten, aber auch wir haben die Kraft alle Dinge wieder aufzubauen. 
Einige Dinge verbrennen und bleiben für immer verloren, aber andere sprießen wieder und blühen vielleicht sogar in größerer Schönheit als zuvor. Die Narben sind zu Beginn rot und schmerzhaft, aber mit den Jahreszeiten fallen auch die angebrannten Blätter ab und auch die Narben verblassen, verschwinden und lassen nur eine schwache Erinnerung an einen weit entfernten Schmerz zurück. Wir werden transformiert, das Feuer befreit uns von vielen Dingen, die uns nur beschweren, die nur Raum wegnehmen, es reinigt uns und macht Platz für einen neuen Anfang, der mit Sicherheit erstmal schmerzen wird, aber auch neue Freuden mit sich bringen wird, wie der Frühling nach einem besonders strengen Winter.
Ich glaube fest daran, und du?

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Depois de muito tempo... // Nach langer Zeit...


Boa noite amig@s,

ultimamente ando isolada de tudo, do mundo virtual e real do mesmo jeito. Não estou nada bem e tento me distrair tecendo um casulo no qual há espaço só para mim e os meus pensamentos. Assim também tento evitar que o pessimismo e o desespero que tomaram conta de mim se espalhem.
Sorrio - sim, pareço estar alegre mas o que está no coração ninguém pode ver. Angústia e tristeza me sufocam, entopem as minhas veias, fazem o sangue correr devagar enfraquecendo o meu coração. Eu tenho medo de escrever, de conversar demais e de repente derramar toda esta dor aos pés de alguém que se assusta com tanta escuridão.

Desculpem amigos, não quero ser um peso para vocês, não se preocupem porque no meio de tudo Deus está aqui comigo e eu sei que na hora certa ele vai tirar todas as preocupações de mim e me dará uma manhã novinha e clara abrindo portas e janelas para uma vida nova.

Neste meio tempo tive muito tempo para me dedicar aos meus trabalhos manuais e terminei alguns projetos até grandes. Mas por hoje só mostro para vocês os próximos três meses dos quadrinhos que eu decidi usar como presente para os meus avós - por isso tive que desfazer os nomes dos meses todinhos e refazer em alemão. 
Julho está todo florido com flores azuis e vermelhas, flores selvagens e flores em vasos - eu gostei muito das cores deste gráfico.
Agosto mostra uma dia cheio de vento no mar, as andorinhas brincando e aproveitando os dias antes da longa viagem que elas terão que enfrentar em pouco tempo.
Setembro por ultimo mostra o início da minha estação preferida - o outono, as folhas ficam todas coloridas e alegram o tempo que começa a escurecer cada vez mais. Para me consolar imagino como em Berlim as folhas estão caindo e enchendo as ruas com manchas de amarelo, laranja e vermelho e como o sol banha a cidade enganando aquele que acha, que a sua presença significa calor e o surpreendendo com um ventinho frio que toca uma melodia baixa e melancólica enquanto balança suavemente as árvores.    
Prometo que estarei melhorzinha da próxima vez



Guten Abend Freunde,

in letzter Zeit habe ich mich ganz und gar isoliert, sowohl von der virtuellen als auch der realen Welt.  Es geht mir ziemlich schlecht und ich versuche mich davon abzulenken, indem ich einen Kokon um mich spinne, in dem nur Platz für mich und meine Gedanken ist. So vermeide ich auch, dass der Pessimismus und die Verzweiflung, die von mir Besitz ergriffen haben, sich weiter verbreiten. 
Sicher, ich lächle, ich scheine fröhlich zu sein, doch die Dinge, die in meinem Herzen wohnen, kann niemand sehen. Die Angst und die Trauer ersticken mich, verengen meine Venen und schwächen mein Herz. Ich habe Angst zu schreiben, gar zu sprechen und damit aus Versehen jemanden, der vor der tiefen Dunkelheit zurückschreckt, mit all dem Schmerz zu überschütten.

Entschuldigt Freunde, ich möchte euch nicht auch noch zur Last fallen, macht euch keine Sorgen den inmitten alledem ist Gott hier bei mir und ich weiß, dass er mir im genau richtigen Moment alle Sorgen nehmen und mir einen nagelneuen klaren Morgen schenken wird, der mir alle Fenster und Türen zu einem Leben öffnen wird.


In der Zwischenzeit hatte ich sehr viel Zeit, um mich meinen Handarbeiten  zu widmen und habe sogar einige größere Projekte vollendet. Aber für heute zeige ich euch nur die nächsten drei Monate der Monthly Samplers, für die ich entschieden habe, sie meinen Großeltern zu Weihnachten zu schenken, weshalb ich alle Monatsnamen wieder auftrennen und dann auf ein Neues auf Deutsch schreiben musste.
Der Juli steht in voller Blüte, mit blauen und roten Blumen, Wildblumen und Topfblumen - mir haben besonders die Farben dieses Monats gut gefallen.
Der August zeigt einen windigen Tag auf dem Meer, an dem die Schwalben in den Windböen herumsegeln und die wenigen Tage ausnutzen, die ihnen vor ihrer nächsten langen Reise noch bleiben.

Der September, als Letztes, zeigt den Beginn meiner Lieblingsjahreszeit - des Herbstes - die bunten Blätter rebellieren gegen die immer dunkler werdenden Tage. Um mich zu trösten, stelle ich mir in letzter Zeit oft vor wie jetzt grade der Herbst in Berlin beginnt, wie die Blätter nach und nach fallen und die Straßen mit gelben, orangefarbenen und roten Flecken bemalen, wie die Stadt in der Herbstsonne gebadet all die in die Irre führt, die glauben, dass der Sonnenschein Hitze bedeutet und sie mit einem kühlen Wind überrascht, der die Baumkronen sanft wiegend leise melancholische Lieder summt.

Ich verspreche euch, dass es mir nächstes Mal besser geht!